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PLANO DE GESTÃO COMPARTILHADA AO DESENVOLVIMENTO CULTURAL SUSTENTÁVEL DE SETE LAGOAS E REGIÃO
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segunda-feira, 16 de março de 2009

Ponto Yporanga -
Uma Realidade

Apesar das criticas de uso político dos pontos de cultura, não se pode negar sobre os fatores positivos que envolvem sua implantação. As reuniões que acontecem no Casarão “Nhô Quim Drummond” reunindo representantes de varias entidades e associações, nos trouxeram algumas certezas e como não poderia deixar de ser, dúvidas novas que nos obrigam a exercícios cada vez mais qualificados de debates.

Sete lagoas parece ter deixado para trás de vez, sua vocação sectária, segregacionista e centralizadora, no aspecto de políticas culturais, em modelo viciado e balizado por políticas de mesmo naipe que aqui fizeram escola.
A nossa comunidade mostra-se madura o suficiente para levar a termo debates inteligentes e produtivos, onde questões de ego e interesses pessoais são sobrepujadas pelos interesses maiores que fazem eco entre nós. Estas reuniões acontecem em clima cordial e de rica troca de contribuições tendo em vista o bem comum.

A presença do Poder Publico representado pela secretaria de cultura, atuando de forma despojada e livre dos vícios da arrogância e prepotência, reforçando o alto nível democrático de nosso debate. Temos em nosso grupo instituições fortes como a Prefeitura e Unifemm, associações de tradição e serviços prestados como o Serpaf (o proponente), o Clube de Letras e Grupo Convivência e os pontas de lança em defesa de um novo modelo cultural como a Rede AAN e o Tático Cultural, atuando quase que como guerrilheiros do pensamento, ocupando de forma corajosa o front desta batalha.
Batalha que para muitos foi dada por perdida, rendidos que estavam pelas evidencias e certezas de anos de tentativas frustradas em se estabelecer nossos produtos culturais e fazer florescer novos talentos.
O largo espectro de representação alcançou outras entidades e as cidades vizinhas de Paraopeba e Santana de Pirapama como bem descreve Demétrius Cotta em artigo anterior. Por isto tudo, temos a ousadia de afirmar que, ganhando ou não nossa candidatura ao ponto de cultura em seu aval institucional, o nosso Ponto Yporanga já é uma realidade como a grande mesa de planejamentos e estudos em que a nossa comunidade, de forma representativa, se senta para discutir e traçar novos rumos culturais para Sete lagoas. Pode-se questionar quanto aos valores previstos pelo Governo Federal e Estadual (realmente irrisórios) diante do gigantesco esforço e tempo gastos nesta empreitada.
Poderíamos afirmar quanto a isto que estes valores são como uma espoleta a catalisar as enormes demandas da sociedade com relação à cultura, que representa sem duvida, o oxigênio do nosso pulmão social. Podemos unir em torno destes projetos no segundo momento, como parceiros, empresas de consciência social e cultural e os agentes financeiros de visão atual e aberta. Considerando que este ar social se encontra rarefeito, trazendo como conseqüência toda esta degradação que assistimos no cotidiano, a cultura vem a ser mais que um lazer ou supérfluo, uma necessidade imperiosa de uma sociedade que sofre, vitima e algoz de si mesma.
A cultura tem esta propriedade de ser o flutuador e contraponto ao esgarçamento e deterioração da teia social. A distribuição justa do PIB de um município com a conseqüente irrigação das suas artérias sociais e culturais, quebra a brutal má distribuição de rendas e provoca a redução conseqüente dos seus graves problemas sociais.
Isto só se torna possível se capital e cultura conseguirem se comprometer em um pacto de alto nível criando um sonhado modelo de sociedade mais humano e justo. Como sonhar não custa nada, porque não sonhar com uma comunidade sem oásis e desertos e onde o bem comum é a qualidade de vida que sobra do esforço coletivo e beneficia a todos?

João Drummond

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